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KM4Dev Brazil

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Comment by Sebastiao Mendonça Ferreira on January 28, 2012 at 4:06am

Ola Monika,

Bem-vinda a KM4Dev Brasil. Aqui poderemos ter um espaço de diálogo interessante. A sua chegada vai reforçar o tema de KM em espaços socialmente abertos e a perspectiva de KM como processo social.

Desculpa o tom telegráfico, mas estou no interior de Honduras, com um sinal de internet de pouca qualidade.

Um abraço

Comment by Sebastiao Mendonça Ferreira on January 17, 2012 at 3:11am

Prezado Fernando,

 

Este é um tratamento introdutório ao conceito de conhecimento, orientado ao uso práctico. Mas antes de abordar a o ponto, eu gostaria de aclarar que os termos e os conceitos não são o mesmo. Eu opino que os termos, ou palavras, operam como representações de conceitos. Pode então acontecer que diferentes pessoas podemos utilizar o mesmo termo representando diferentes conceitos. Não sendo filólogo nem lingüista, eu buscarei focar-me nos conceitos antes que nos pelos termos.

 

Entendo a geração de conhecimento como a habilidade dos seres vivos de descobrir seqüências de perturbações (padrões) e de detectar perturbações no ambiente ou em si mesmos, e usar esses dois elementos para aumentar as suas probabilidades de continuar vivo ou para ampliar a sua influencia sobre o seu ambiente. O conhecimento, na minha forma de pensar, é gerado por um ser vivo capaz de ação teleológica. A geração de conhecimento tem implícita a criação de uma representação ou abstração sobre o ambiente e sobre si mesmo. Chamo de abstrações a coleção de padrões descobertos por um ser vivo no ambiente ou em si mesmo.

 

Nesta primeira reflexão eu falo da geração do conhecimento e da sua utilidade, mas ainda não falo directamente do conhecimento. Imagino como uma conversa, uns cem ou cinqüenta mil anos atrás, quando um filósofo pergunta ao outro o que é um machado, e o outro responde que machado é aquilo que ele fabrica quando está lascando pedras. Quer dizer, estou definindo algo pela forma em que é gerado, o processo cognitivo, e não pelas suas propriedades e limites. Entendo que isso é uma limitação na minha definição, mas eu nao tenho nada melhor que isso nestes momentos.

 

Bertrand Russel define conhecimento como uma crença que está de acordo com os fatos. Mas o próprio Russel reconhece limitações na sua definição. No seu famoso artigo de 1913, publicado em 1926, ele não define fato senão dato. O conceito de fato é dificultoso porque assume que é uma informação que tem uma identidade com a realidade, e que pode ser verificada com segurança por qualquer pessoa. Eu estou entre os que pensam que os “fatos” tem sempre implícita uma interpretação, são sempre parte de uma abstração particular sobre a realidade que está sendo descrita. Os fatos podem, muitas vezes, ser matéria de discussão.

 

Platão tem a famosa definição de conhecimento como crença de verdade justificada (justified true belief). Eu acho esta definição boa para a reflexão, porque me ajuda a verificar si as minhas crenças são justificadas, mas a justificação de uma crença é tão complexa como o objeto que está sendo definido (conhecimento). Uma boa definição deve utilizar elementos mais simples, menos complexos, do que o que está sendo definido (no estilo do livro Elementos de Euclides).

O historiador Mokyr, citado nas minhas apresentações, utiliza o conceito de conhecimento util, a partir da definição de conhecimento verificado criado pelo economista Simon Kuznets. O conceito de Kuznets é uma modificação do conceito de Platão. 

 

O conhecimento pode ser criado a partir das seguintes fontes: a experiência, a experimentação, a imaginação, a especulação, e a reflexão. Chamo experiência a qualquer atividade prática. Chamo experimentação as atividades práticas que tem por propósito gerar conhecimento. Chamo imaginação ao movimento livre da mente inventando “realidades” alem das realidades. Chamo especulação ao exercício formal de estruturar abstrações, como num teorema.  Chamo reflexão ao exercício de processar qualquer desses quatro elementos anteriores.

 

Si bem o conhecimento é sempre gerado por um ser vivo, ele pode ser utilizado pelo ser vivo, pode ser representado, ou pode ser inserto em objetos. A primeira possibilidade é quando o conhecimento é utilizado na forma em que foi criado, como a arte de um pintor. Grande parte deste conhecimento é tácito. Quando alguém consegue traduzir o conhecimento a uma forma simbólica o conhecimento pode ser compartido entre as pessoas que compartem a linguagem simbólica na qual o conhecimento está representado. O conhecimento que está representado em forma simbólica é chamado conhecimento explícito. Quando o conhecimento está inserto em objetos, como no sistema imunológico ou numa máquina, ele opera em forma automática, independente de uma mente humana.

 

A representação do conhecimento não é idêntica ao conhecimento representado. As representações são sempre um meio, um artifício, um mapa. Diferentes atores podem interpretar as representações em forma diferente de quem as criou. Esta frase pode ser entendida de diferente formas por diferentes leitores. Mas é difícil negar que as representações transportam conhecimento. A “invenção” da linguagem teve por propósito o intercambio de conhecimento entre os humanos. O particular das linguagens humanas, em relação as dos animais, é que, alem de comunicar informação (serpente, água, águia, etc.) ou emoções (ódio, amor, dúvida, etc.) também comunica conhecimento.

Espero que essas frases ajudem a clarificar um possível conceito de conhecimento.

 

Um abraço

Comment by CLÁUDIO DE MUSACCHIO on January 12, 2012 at 1:29pm

Olá Fernando

 

Observo que você levanta uma discussão muito oportuna e de suma importância na gestão do conhecimento hoje em dia.

 

Lendo a obra de Piaget entendemos perfeitamente como se constrói o conhecimento, mas como vocêmesmo disse, o que importa analisar além disso, é como este conhecimento construído pode ser relacionado nos negócios e alavancar vantagens competitivas entre os indivíduos nas organizações.

O conhecimento como a gente entende de "cultura organizacional", é a soma de todos os conhecimentos dos indivíduos a cerca do negócio. Estas discussões é que nos instigam a continuar a pesquisar. Mas como utilizar este conhecimento para resolver problemas, sugerir soluções, estudar os produtos e ou serviços da organização onde se trabalha, conhecer os concorrentes, estimular a inteligência competitiva, promover a aprendizagem organizacional e tantas gestões que conhecemos bem.

Mas o mais interessante dessas trocas é que possamos sugerir outras alternativas para gestão do conhecimento saindo um pouco das duas dimensões conhecidas (Nonaka x Davenport). Buscar outras vertentes que possam sugerir práticas organizacionais inovadoras, criativas e novos paradigmas da administração.

 

um abraço

 

Cláudio de Musacchio

 

 

 

Comment by Fernando Luiz Goldman on January 12, 2012 at 1:07pm

Prezado Cláudio

Muito interessantes e oportunas suas considerações sobre a Teoria Piagetiana.

Segue um pequeno trecho do meu livro ‘O que é Gestão do Conhecimento?’, ainda no prelo, para ilustrar o assunto:

A Epistemologia Genética de Piaget é uma teoria que analisa o comportamento psicológico humano, área normalmente afeta à Psicologia, embora Piaget não fosse psicólogo. Analisa aspectos relacionados ao aprendizado, área normalmente afeta à Pedagogia, embora Piaget não fosse pedagogo.

Como biólogo o interesse de Piaget, ao desenvolver sua teoria, era dar uma fundamentação à forma de como se "constrói" o conhecimento humano.

Sua teoria pode ser considerada um meio termo entre o apriorismo – pois não aceita que todo o conhecimento seja, a priori, inerente ao próprio sujeito – e o empirismo – ao não aceitar que o conhecimento provenha totalmente das observações do meio que cerca o sujeito.

A teoria de Piaget é denominada de "Construtivismo", por entender o conhecimento como um processo permanentemente em desenvolvimento, que estará sempre sendo construído através das interações entre o sujeito e seu meio.

Para aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre o construtivismo ou maiores informações sobre o que ele é, eu recomendo o artigo de Fernando Becker: ‘0 Que é construtivismo?’, publicado na Revista de Educação ( AEC, Brasília, DF, v. 21, n. 83, p. 7-15, 1992) e disponível em http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_20_p087-093_c.pdf .

Embora a  Epistemologia Genética seja uma boa teoria para tentarmos entender o mecanismos de aprendizado de um ser humano, ela não nos informa o suficiente sobre o assunto que está sendo aqui discutido, ou seja, o conhecimento no âmbito organizacional.

Uma vez que adotamos uma abordagem social-construtivista, resta discutir a existência, ou não, de um ‘conhecimento objetivo’, independente do conhecedor.

Sua ideia de trazer Piaget à nossa discussão foi muito boa e trouxe luz sobre alguns aspectos muito importantes sobre com se dá a construção do conhecimento, mas eu não saberia dizer se na imensa obra dele, ele chegou a abordar o aspectos de análise do conhecimento em si. Confesso que conheço superficialmente a obra de Piaget, que segundo consta tem mais páginas que a Enciclopédia Britânica, mas creio que ele estava interessado nos aspectos mais conceituais de como se dá o aprendizado humano, não entrando no mérito se a construção do conhecimento é um processo apenas mental ou mental/corporal. Se ela se dá apenas conscientemente ou também de forma inconsciente, como explicou Polanyi.

Forte abraço

Fernando Goldman   

Comment by CLÁUDIO DE MUSACCHIO on January 11, 2012 at 11:33pm

Prezado Fernando e demais participantes do grupo de discussão

 

Li a respeito de suas postagens referente a informação e conhecimento.

Diferente da postura epistemológica de Nonaka e Takeuchi e do pensamento oriental sobre o conhecimento tácito como construto para aprendizagem organizacional, e do outro lado do mundo a postura de Davenport e Prusak, referente ao conhecimento empírico, advindo da relação formal entre os indivíduos, que estão construindo conhecimento através dos encontros em reuniões, seminários, workshops.

Ocorre que diferente das duas abordagens, eu poderia te ajudar dizendo que conhecimento e a resultante do que você faz com as informações que recebe. Se estas informações não provocam assimilação e acomodação, não há construção das estruturas mentais capaz de absorver a nova informação e reequilibrar com o conhecimento que você já tem a respeito de outras informações anteriores.

Você só adquire conhecimento quando assimila, acomoda e equilibra as novas informações transformando-as em conhecimento.

Vou te dar um exemplo para que entendas melhor o que quero dizer:

Imagine que eu colocasse você dentro de uma aula sobre sistemas holográficos de projeção psicomotora das espécies extintas da Antártida.

Imagine então que toda a discussão se passe com informações que você não tem a menor noção do que se trata. Logo, se você não consegue dentro de suas estruturas mentais, assimilar o que está sendo dito de tal modo que você possa juntar o que você já sabe com o novo que você está ouvindo. Conhecimento é, portanto aquilo que você constrói com o que você já conhece com o novo que você está ouvindo, isso se chama assimilar, acomodar e reequilibrar.

Se você não consegue fazer a assimilação e acomodação, não existe conhecimento. Por isso, que muitas vezes, ouvimos e lemos muitas informações, mas elas não se transformam em conhecimento necessariamente, porque não temos as estruturas mentais prontas para entender determinadas informações.

Esta teoria é de Piaget e se chama Epistemologia Genética. Acho que vale a pena todos do grupo lerem a respeito sobre construção de conhecimento.

Espero ter contribuído para ajudar a elucidar sobre este assunto. É um dos assuntos mais polêmicos hoje em dia, tanto que estou terminando de escrever um livro explicando como estas aprendizagens ocorrem e como elas se transformam em conhecimento.

Grande abraço

Cláudio de Musacchio

Comment by Fernando Luiz Goldman on January 11, 2012 at 2:39pm

Prezado Sebastião

Realmente estamos diante de uma diferença de definições do conhecimento, que é fundamental, porém muitas vezes negligenciada.

Eu gosto e uso com muita frequência uma frase da Verna Alee, que diz que ‘a forma como você define conhecimento, define a forma como você o gerencia’.

Esta pequena frase traz em si uma série de importantes ideias. A primeira delas é que o conhecimento é um fenômeno social. Conhecimento é aquilo definimos, de acordo com a comunidade epistemológica à qual pertencemos, ou à qual queremos compor.

Então, de imediato, devemos encarar com naturalidade o fato de termos conceituações diferentes para o conhecimento e me parece que você tem toda razão quando diz que seria interessante compararmos nossas conceituações para ver se aprendemos algo de tal comparação.

Há por trás de nossa diferença de conceituação uma grande batalha filosófica. Algo que só é acessível àqueles que - conforme o chavão - acreditam na força das ideias e não na ideia da força.

A grande batalha à qual me refiro é entre o subjetivismo e o objetivismo. É a batalha à qual Michael Polanyi dedicou os últimos anos de sua vida. Polanyi identificava o objetivismo contido no positivismo da ciência – na ideia de um conhecimento não contaminado pelas ideias e pelos modelos mentais de seu criador - como responsável pelo aparecimento dos regimes totalitários - que emergiram na primeira metade do século XX - e se dedicou à ideia de que não existe uma coisa tal como um conhecimento objetivo, independente das características pessoais do ser humano que o criou.

Mas é importante entender que determinadas conceituações – mesmo que parecendo simplistas - podem ser úteis para determinadas tarefas e só se mostrem inadequadas quando se precisa aprofundar a análise. Por exemplo, antigamente quando uma professora dizia que uma criança ia à escola de primeiro grau para receber conhecimentos, talvez não valesse à pena ser crítico ao quanto a frase poderia ou deveria ser questionada.

Hoje, com o aparecimento do google e outras ferramentas, que disponibilizam um mundo de informações e que grande parte daquilo que o professor anotava no quadro-negro está disponível na Internet, a custo e esforço zero, vai ficando cada vez mais claro o grande papel da escola de ensinar à criança a pensar, a interagir socialmente e por aí vai.

Não gosto de me alongar demais em minhas postagens por isso gostaria de ouvir outras opiniões, antes de prosseguir na ideia da importância de se diferenciar informação e conhecimento e se existe tal coisa como um  conhecimento objetivo.

Forte abraço

Fernando Goldman

Comment by Sebastiao Mendonça Ferreira on January 11, 2012 at 1:04am

Fernando,

Comparto 100% a sua preocupação pelo aprendizagem de 1a ordem, e pelo desenvolvimento de uma cultura de geração de conhecimentos. Uma das coisas que me incomodou nas minhas viagens ao Brasil, foi encontrar uma aparência de primeiro mundo, numa realidade profissional não tão primeiro mundo. Em  2008 y 2009, eu encontrei pessoas falando de intranets e sistemas informáticos como si representasse as últimas tendencias na gestão do conhecimento. Me fizeram lembrar uma discussão  que eu tive em2000 com gerentes de sistemas de uma organização americana que eu assessorava que queriam sustentar que  a gestão do conhecimento era um campo da gestão da informação, quando naquela época já se entendia que a gestão da informação era um componente (importante, mas nem de longe uma síntesis) da gestão do conhecimento. 

Uma das principais lições que eu tirei do livro "Unplugged Knowledge" escrito por um grupo da McKinsey é que a capacidade de aprendizagem depende críticamente do desejo de ser os melhores do mundo no seu sector (e.g. Samsung), ou no seu campo profissional (e.g. MIT). Esse desejo expande a inteligencia e organiza os processos de aprendizagem num nivel superior ao dos que só aspiram crear uma vantagem competitiva ou simplesmente destacar-se. 

Eu acho indispensável que os profissionais de países como o Brasil definam os seus esforços de desenvolvimentos no marco de conceitos e objectivos da fronteira global dos campos onde trabalham, seja como individuos ou como organizações.

O hábito de gerar conhecimento como parte de toda actividade profissional merece também uma conversa aparte. Eu me considero um aprendiz (learner) nesse campo. A separação entre thinkers e doers, desenvolvida no iluminismo e consolidada na filosofia pelo positivismo, e na gestão pelo Taylorismo, é uma dificuldade para muita gente. O trabalho de Donald Schon "The reflective practitioner" tem algumas das ideias mais úteis que eu encontrei nesse campo.

Eu ainda não me sinto com confiança suficiente para fazer propostas de políticas públicas no Brasil, mas não tenho dúvida de que os asiáticos estão liderando as mudanças que estamos vivendo neste século. O número de PhDs na China cresceu a 17% ao ano nos últimos 10 anos. Entendo que esses temas são muito complexos e que a imitação não é a solução, mas acho que temos muito que aprender por ai.

Sobre o seu artigo, mais que questionamentos, o que eu tenho são diferenças na forma de conceitualizar o conhecimento. O que eu gostaria é que comparássemos as nossas conceitualizações para ver o que podemos aprender da comparação.

Um abraço

Sebastião

Comment by Fernando Luiz Goldman on January 10, 2012 at 9:59pm

Sebastião

A apresentação será em 20.01.

Voltando ao Brasil, me pertuba a preocupação das pessoas ligadas ao governo com aspectos de aprendizado de 1ª ordem. Há uma preocupação constante com capacitação, que certamente não deve ser desconsiderada, mas existem pouquíssimas ações voltadas a produzir conhecimento.

Nas empresas brasileiras não poderia ser diferente. Há muitos administradores, bibliotecários e arquivistas como responsáveis pela Gestão do Conhecimento, mas muito pouca gente com real capacidade de construir conhecimento à frente das ações sobre o conhecimento, o que naturalmente aumenta muito a confusão nesta área.

A proposito, precisamos retomar seus questionamentos ao artigo.

Comment by Sebastiao Mendonça Ferreira on January 10, 2012 at 7:48pm

Fernando,

O seu comentario gera uma plataforma excelente para começar um diálogo sobre o papel do conhecimento para o futuro do Brasil ou de países similares. 

Uns 18 anos atras, quando escrevia o meu penultimo livro "Creación de Futuros," uma das minhas principais motivações era a minha convicção de que o conhecimento era o recurso fundamental da economia do século 21. Na minha opinião, o tempo não fez mais do que confirmar aquela premisa. 

Outra premisa é que a geração de conhecimento tem dinâmicas locais e globais, mas que uma especial atenção merecem as dinámicas globais porque que o conhecimento que move a fronteira económica é produzido por um número não muito grande de redes de centros de inovação (empresas, universidades, think-tanks y clusters) distribuidos globalmente mas concentradas em algumas pocas metrópolis (Richard Florida). 

Assumindo uma terceira premisa de que toda inovação é uma actividade situada (situated), eu acho que o sucesso de uma iniciativa inovadora depende da qualidade da plataforma cognitiva que alimenta a iniciativa e da riqueza das ideias perturbadoras que vem dos núcleos que estão fazendo inovações similares (inovação distribuida). Eu estou entre os que opinam que estar vinculado a ums rede inovadora facilita muito o sucesso.  Em alguns casos as ideias externas funcionam como fontes de metáforas, em outros funcionam com fonte de confusão (perturbação cognitiva), numas poucas como modelo, em outras como motivação, e na maioria dos casos como inspiração. 

É em relação a essas ideias que eu ando enfatizando a capacidade de absorção, não no sentido de substituir a iniciativa inovadora pelo copiado e menos ainda pela repetição, mas no sentido desenvolver a capacidade de estabelecer relações frutíferas de colaboração criativa com as instituições, pessoas e clusters que estão movendo a fronteira (desde a uma agenda propria e/ou negociada com os socios). 

Nos países desenvolvidos o tema da capacidade de absorção não é tão notável porque eles tem uma população educada, com muitos profissionais com mestrado e PhD, mas no resto do mundo, Brasil incluido, o problema merece atenção.  Ainda assim, a presença em Cambridge (perto de Harvard, MIT, Tufts, etc.) de varias empresas líderes em inovação: Google, Microsoft, farmacéuticas, etc., está orientada a conseguir pessoas com capacidade de ser parte de equipes inovadoras de fronteira. 

Os meus esforços pessoais de auto-qualificação apontam, em grande medida, a minha necessidade de estabelecer inter-locução com estudiosos de outros países (linguagem, vocabulario, familiaridade com teorias, autores e papers, etc.), e não estar isolado nas minhas iniciativas inovadoras.

O que fazer para que o Brasil esteja mas integrado as redes de inovação a nivel global? Isso é um tema que merece outra conversa.

No tema da hidroeléctrica eu comparto a preocupação pelos danos directos e indirectos. A Amazonia (patrimonio das gerações futuras de toda a humanidade) está sendo destruida a um ritmo acelerado, e todo projecto que acelere mais a destruição deve ser criticado. Também me preocupa o impacto futuro do pre-sal nas políticas nacionais e no comportamento social, mas isso também pode ser tema de outra conversa.

Obrigado pelos seus comentarios.

Como foi a apresentação?

Um abraço

Sebastião 

Comment by Fernando Luiz Goldman on January 10, 2012 at 6:41pm

Prezados

Para quem tem interesse em melhor a citada polêmica sobre a construção da Usina de Belo Monte, a revista O Setor Elétrico acaba de publicar um artigo da jornalista Flávia Lima, intitulado Belo Monte: 36 anos de discussões.

O artigo está disponível em http://www.osetoreletrico.com.br/web/colunistas/joao-jose-barrico-de-souza/754-belo-monte-36-anos-de-discussoes.html .

No artigo vocês encontrarão uma pequena declaração minha, que reproduzo abaixo:

Na opinião do engenheiro Fernando Goldman, doutorando do Programa de Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPED/UFRJ), a construção de uma grande hidrelétrica como esta significa um impacto ambiental em uma área muito maior do que a do reservatório, impacto este que precisa ser avaliado antes e monitorado depois para ver os resultados. “Quando se faz isto em um ambiente tão complexo quanto a Floresta Amazônica, com suas múltiplas interações, abre-se mão do princípio da precaução. Não há resultados garantidos visto que se está falando de uma decisão tomada em contexto de incerteza (não de risco) e racionalidade limitada”, argumenta.

Para ele, continuar com Belo Monte significa, acima de tudo, “abrir mão do potencial brasileiro de transição para uma economia de baixo carbono, que poderia ser benéfica a todos os brasileiros, em nome da manutenção de um modelo que já apresentou bons resultados décadas atrás, em outro contexto, mas que hoje está ultrapassado, se mostrando concentrador de rendas”.

Forte abraço

Fernando Goldman

 

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