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KM4Dev Brazil

This is a space for members in Brazil who want to network and share Intellectual Capital Management and Knowledge Management for Development experiences. Comments may be in English or Portuguese.

Este é um espaço para os membros do Brasil que querem fazer network e compartilhar experiências sobre Gestão do Capital Intelectual e KM para o desenvolvimento. Os comentários podem ser em inglês ou português.

Para participar do KM4Dev Brazil bastam 3 passos:

1º Passo - Solicite sua associação à comunidade KM4Dev, o que é feito sem qualquer custo. Acesse http://www.km4dev.org/ e use a opção "Sign up".

2º Passo - Depois de sua associação  ter sido aceita ( leva em geral um dia), solicite sua participação  no nosso grupo enviando um e-mail bem simples para: fernandogoldman@yahoo.com.br .

3º Passo - Você receberá um convite para participar do Grupo de Discussão. Aceite o convite e você passará a fazer parte do Grupo de Discussão, sem qualquer custo ou compromisso.

Os membros do Grupo de Discussão podem optar por receber comunicados de novas mensagens e têm acesso constante a todas as discussões.

Website: http://http://www.sbgc.org.br/sbgc/
Location: SBGC - Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento
Members: 13
Latest Activity: Jun 11, 2012

Resources

Aprendizagem e Conhecimento em Projectos de Desenvolvimento

Este esquema sobre níveis de aprendizagem está baseado nos trabalhos de John Dewey, David Kolb, Chris Argyis, Donald Schon e Daniel Kim, mas foi modificado em base a minha experiencia.Nota: Retirei…Continue

Started by Sebastiao Mendonça Ferreira Mar 17, 2012.

The Dynamics of Organizational Knowledge: a Framework for Innovation 1 Reply

Prezados Segue anexa a versão final do meu artigo a ser apresentado na DRUID Academy 2012. Pretendo usar alguns aspectos levantados no artigo para darmos prosseguimento a nossas discussões. Forte…Continue

Started by Fernando Luiz Goldman. Last reply by Fernando Luiz Goldman Feb 3, 2012.

La búsqueda de la creatividad en la agricultura

Conferencia brasilia11.11.28bView more…Continue

Started by Fernando Luiz Goldman Dec 15, 2011.

Knowledge Commons, Challenges for Development

Knowledge commonsyork20.9.11v2 View more…Continue

Started by Fernando Luiz Goldman Dec 14, 2011.

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Comment by Fernando Luiz Goldman on March 26, 2012 at 8:37pm

 Prezados

Repasso a vocês a chamada que recebi, convidando para submissão ao minitrack "Gestão Estratégica do Conhecimento para a Inovação e Agilidade Organizacional" do HICSS, em 2013.O termo “Organizational Agility”, embora recente, pode ser útil para ajudar a explicar o que devemos entender por inovação no âmbito organizacional e o evento deverá ser um importante passo para caracterizar a Gestão do Conhecimento Organizacional como uma ferramenta estratégica para apoiar a inovação nos arranjos organizacionais.

Forte abraço

Fernando Goldman

Message

Sun Mar 25, 2012 7:20 pm (PDT)

We invite your submission to the " Strategic Knowledge Management for Innovation and for Organizational Agility” minitrack in the Knowledge Systems Track at 2013 Hawaii International Conference on System Sciences (HICSS). This minitrack is a significant step forward in locating Knowledge Management as a strategic tool to support organizational innovation, or innovation in organizations.

The success of the minitrack will depend on the participation of experts like you. Please accept our personal invitation to submit a paper to the minitrack. Also, you may feel free to forward this invitation to your colleagues.

Papers may be theoretical, conceptual, tutorial, or descriptive in nature with original content and not previously published or under submission elsewhere. All submissions undergo a double-blind peer referee process. Those selected will be included in the Conference Proceedings published by the IEEE Computer Society and carried by Xplore, the IEEE Digital Library (http://computer. org/press).

PAPER SUBMISSION - IMPORTANT DEADLINES - June 15, 2012: Submission deadline

After two decades of Knowledge Management (KM) research, organizations continue to question the theory KM translates into practice through creating, sharing and transforming knowledge into business value. In particular, we focus here on the contribution that KM makes to innovation and organizational agility.

More recently, the focus of KM has also moved to include knowledge-based practices and how these can be applied in the new global paradigm, and also in the face of challenging financial times.

A fundamental transformation has been taking place in two directions: (1) exploring how the inflows and outflows of knowledge have expanded to accelerate internal innovation and expand the markets for external use of innovation, and (2) how KM is used to support organizational agility and sustain business agility. Both these themes support alternative approach to organizing for innovation and organizational agility in an open environment with multiple participants and stakeholders.

Both strategic themes explore the effectiveness of new methods and organizational structures for improving innovation and organizational agility by engaging a broader base of outside knowledge holders and raise important new issues about how knowledge is created and applied to derive business value, generate new ideas, and develop new products and solutions. A strategic approach to these issues is an emerging research focus, and is one that is commanding attention among both theoreticians and practitioners alike. In line with this challenging research issue, the objective of this mini track is to draw appropriate papers on the broadest range of research methodologies including case studies, action research, experimentation, survey, and simulation.

SUBMIT INQUIRIES TO: Suzanne Zyngier (Primary Contact), La Trobe University, Email: s.zyngier@latrobe. edu.au
Jill Owen, University of New South Wales, email: J.Owen@adfa. edu.au
Regards, Suzanne

Comment by Fernando Luiz Goldman on March 23, 2012 at 4:07am

Prezado Sebastião

Diferentes autores vêm chamando atenção para o fato de que o uso, em diferentes línguas, da palavra “conhecimento”, por ser um substantivo, nos induz a pensar nele como uma coisa, que pode ser capturada, armazenada e distribuida. Ideal talvez fosse falarmos em “atos de conhecer”

Muitos reconhecem que sendo o conhecimento um processo dinâmico e adaptativo, as coisas usualmente listadas como sendo os “conhecimentos” e até mesmo os “conhecimentos críticos”, não são nada mais, nada menos, do que os resíduos de diferentes processos de conhecimento.

Resíduos passíveis de serem reaproveitados em outros processos de conhecimento, mas que nunca devem ser confundidos com o ato de conhecer, em si, em constante construção.

Não podemos acreditar que o artefato, que é um resíduo do processo de conhecer, seja o próprio processo.

Imaginemos, por exemplo, que um sujeito A de tempos em tempos quebra a cabeça para resolver um determinado tipo de problema, que chamaremos de problema P, com as variáveis mudando em cada ocasião, mas a forma do problema P se mantendo.

Imagine que o tal sujeito A desenvolve o conhecimento para resolver o problema P em suas diferentes variantes e consegue explicitar este conhecimento a um ponto tal, que monta uma memória de cálculo, na qual basta se entrar com um conjunto de variáveis do problema P e obter sua resposta para cada determinada ocasião.

Esta memória de cálculo é o resíduo do raciocínio do Sujeito A para resolver o problema P várias vezes.

Se este sujeito A trabalha em uma empresa, ele pode deixar a memória de cálculo disponível a seus colegas de trabalho, para que aprendam a resolver aquele determinado problema, quando ele surgir novamente. A memória de cálculo se torna assim um artefato epistemológico daquela empresa.

Um dia o sujeito A sai da empresa. Um sujeito B é nomeado para resolver o problema P quando ele surgir.

Se o sujeito B se limitar a usar a memória de cálculo do sujeito A ( um artefacto) de forma mecânica, se limitando a dar entrada nas variáveis e obtendo a resposta, ele não terá o conhecimento para resolver o Problema P, mas sim o conhecimento para aplicar a memória de cálculo. A percepção desta diferença é muito importante.

Se no futuro as características do problema P se alterarem um pouco e o problema passar a ser P` – como mais cedo ou mais tarde acaba acontecendo – e o sujeito B tiver se limitado desenvolver apenas o conhecimento necessário a usar a memória de cálculo, este conhecimento não será suficiente para resolver o problema P`. Ele precisará raciocinar e desenvolver uma solução para o problema P`.

Em suma, a memória de cálculo (artefato) resolve o problema, mas não é o conhecimento. Acho que estas ideias estão plenamente alinhadas com as do Hutchins.

Forte abraço

Fernando Goldman

Comment by Fernando Luiz Goldman on March 19, 2012 at 3:34pm

Prezado Sebastião

 

É uma alegria ver você movimentando nosso grupo de discussão. Estou digerindo sua apresentação para fazer alguns comentários e confesso que não conhecia o trabalho de Edwin Hutchins.

Motivado pela citação feita por você, encontrei um texto na Internet que pode ser um ponto de partida chave para um melhor entendimento do com o que estamos lidando.

O texto Distributed Cognition, de Edwin Hutchins, está disponível em http://www.artmap-research.com/wp-content/uploads/2009/11/Hutchins_... .

Embora muitos dos textos citados por Hutchins já fossem conhecidos meus, percebo, assim como você, a abordagem da Cognição Distribuída como um elemento importantíssimo para avançarmos na compreensão do Conhecimento Organizacional e para uma melhor compreensão do papel estratégico que uma Gestão do Conhecimento Organizacional pode ter como precursora da inovação em Arranjos Organizacionais de ponta.

Forte abraço

Fernando Goldman

Comment by Sebastiao Mendonça Ferreira on March 17, 2012 at 1:42am

Estimado Fernando,

 

Desculpa o longo silencio. Duas consultorias na America Central, dois problemas de saúde, um depois do outro, e um workshop em Brasília absorveram as minhas energias quase completamente. Acabo de voltar.

 

Estou anexando o PPT da apresentação que eu fiz para gerentes de projetos do BID-Fumin em Brasília. Nela eu trato o tema da aprendizagem nos projetos e o fenômeno da sobre-aprendizagem (acho que é um barbarismo, pois o nome não existe em português). A minha participação neste evento teve por finalidade explicar as razões pelas quais as equipes dos projetos de desenvolvimento tem dificuldades para sistematizar e expor os seus conhecimentos. O esquema de 4 níveis da aprendizagem é resultado da minha experiência de trabalho com organizações de desenvolvimento. Eu o desenvolvi para me ajudar entender as diferenças dos tipos de aprendizagem que observei nas organizações. Eu gostaria muito de ter feedbacks e comentários de parte de sua e dos demais participantes deste blog.

 

Quanto a nossa conversa interrompida pela minha ausência: Eu estou de acordo que o conhecimento que está no cérebro das pessoas (uma mistura de conhecimento explícito e tácito) é fundamental para a vantagem competitiva de uma organização, e que ter conhecimentos arquivados em estruturas não é suficiente para crer que esse conhecimento está sendo utilizado la criação de valor ou na construção das vantagens competitivas.  A dificuldade que eu vejo no conceito de conhecimento restringindo àquele conhecimento que está no cérebro dos humanos é que não considera o conhecimento que está impregnado em máquinas, sob a forma de propriedade das engrenagens de um relógio, o em processos, como as instruções em linguagem de máquina de um software de apoio à realização de diagnósticos, ou que está distribuído entre máquinas e pessoas na cabine de um avião ou nas diversas partes de um navio. Eu estou entre os que crêem que os trabalhos de Edwin Hutchins sobre cognição distribuída são importantes para entender os processos e os ambientes cognitivos que estão sendo desenvolvidos com o desenvolvimento das tecnologias  de informação e comunicação. Numa publicação recente, Brynjolfsson e McAfee explicam como as novas tecnologias estão mudando hoje e vão mudar amanhã o ambiente cognitivo de trabalho. Para poder abordar esses temas é que eu vejo útil considerar que o conhecimento explícito pode está sobre a forma de informação em manuais, ou sobre a forma de mecanismos em máquinas (Antikythera) e instruções em um software.

 

Um abraço.

 

Comment by Fernando Luiz Goldman on February 17, 2012 at 4:12pm

A informação a seguir pode ser de interesse de algum dos participantes deste Grupo de Discussão:

UNU-IAS PhD Fellowships

Descrição

The United Nations University - Institute of Advanced Studies (UNU-IAS) is amongst the newest in the network of research and training centres within the UNU system. The Institute conducts research, postgraduate education and capacity development, both in-house and in cooperation with an interactive network of academic institutions and international organizations.

The thematic direction of the research concerns the interaction of social and natural systems. Thus, research combines the social sciences with some of the physical and life sciences and is aimed at the development of informed policy-making to address global concerns.

Since 1996, UNU-IAS offers PhD Fellowships to candidates in the last stages of their dissertation process to broaden their perspectives to other related scientific fields, and to expose them to international policy-making circles. So far, more than 90 Fellows from some 50 countries have passed through the PhD Fellowship Programme. Of those completing the programme, about one third have been women, and developing country participants have outnumbered developed country participants.

Research proposals are invited in the following areas:

  1. Science and Technology for Sustainable Societies;

  2. Sustainable Urban Futures;

  3. Biodiplomacy Initiative;

  4. Sustainable Development Governance;

  5. Traditional Knowledge Initiative;

  6. Marine/Coastal Governance and Urban Biodiversity (UNU-IAS OUIK).
Data Limite

The deadline for applications for the 2012 Fellowships is 29 February 2012.

Elegibilidade

Applicants must be at the dissertation writing stage of their PhD with a research proposal accepted by the candidate's university. Language proficiency in English is essential. Applicants from developing countries and women are particularly encouraged to apply.

Benefícios

The fellowship provides a monthly stipend of JPY260,000 from which a monthly usage charge for accommodation is deducted (see below). A one-time-only settle-in-allowance of JPY 80,000 will be granted to each Fellow at the beginning of the programme for relocation, adjustment expenses, ground transportation and incidental costs. UNU-IAS provides Fellows with a return air ticket between his/her country of residence and Narita Airport. Settle-in-allowance and air tickets are, however, not provided for Fellows already residing in Japan before the commencement of the fellowship.

Ph.D. Fellows will be provided with accommodation by UNU-IAS. Usage charges other than utilities (electricity, water, gas, telephone, etc.) are as follows:

  1. Single room apartment (for one person): JPY80,000 or more per month;

  2. Twin room apartment (for couples): JPY130,000 or more per month.

Prazo de Execução

UNU-IAS Ph.D. Fellowships are awarded for a period of 12 months, starting in September.

Requisitos

Residency in Yokohama or Kanazawa for the full duration of the fellowship is required.

Critérios de Seleção

Applicants are evaluated on the following criteria:

  1. The research objectives of the applicant and the quality of the research proposal;

  2. The relevance of the research proposal to the ongoing or planned research activities of the applicant's selected Research Programme at UNU-IAS;

  3. The applicant's academic merit and the potential for successful research while at UNU-IAS.

After the initial review of all completed applications, short-listed candidates will be contacted for a telephone interview.
Forma de Solicitação

Interested and eligible candidates are invited to complete the online-application form. For those who does not have access to the Internet, please contact fellowships@ias.unu.edu. The online form and the required documents indicated in the form must be in English. If the supporting document is in another language, please also attach an English translation.

Contatos

Postdoctoral Fellowship Programme

Home Page

UNU-IAS PhD Fellowships

Fonte

As informações descritas acima foram obtidas na home page da Financiadora.

Última Revisão

9/2/2012



Financiadora

  1. Nome United Nations University, Institute of Advanced Studies (UNU/IAS)
  2. Endereço International Organizations Center, 6F
  3. Complemento Pacifico-Yokohama, 1-1-1 Minato Mirai
  4. Cidade Nishi-ku
  5. Código 220-0012
  6. Estado Yokohama
  7. País Japão
  8. Telefone +81(45) 221 2300
  9. Fax +81(45) 221 2302
  10. E-mail unuias@ias.unu.edu
  11. Home Page http://www.ias.unu.edu/



Comment by Fernando Luiz Goldman on February 10, 2012 at 4:51pm

Prezado Sebastião

Repare que a epistemologia que você descreve em seu comentário anterior é diferente da que eu uso. Não estou entrando no mérito se é melhor ou pior. A questão não é bem esta. A questão é se a epistemologia adotada ( por mim, por você, ou por quem quer que seja) é adequada aos fins a que se destina. Se produz resultados adequados.

O Spender diz que para ser a base de uma Teoria da Firma, o conhecimento deve ser definido com precisão suficiente para nos deixar ver qual conhecimento é significativo para a empresa e tem ainda de explicar como isso leva à vantagem competitiva.

É comum vermos ações ditas de Gestão do Conhecimento patinando. Isto em geral acontece porque – apoiada numa definição inadequada de conhecimento - se começa a capturar informações, acreditando-se que se esta criando conhecimento.

Numa epistemologia em que se acredita que o conhecimento é uma capacitação para ação eficaz - e que ele só existe como resultado do raciocínio de um ser humano - fica mais fácil entender que qualquer coisa que eu ou qualquer outra pessoa escreva, por mais gabaritada que essa pessoa seja, não se constitui em conhecimento. Mesmo estando explícita ( codificada ou articulada), esta informação não é conhecimento objetivo ( coisa que não existe). Não é nem mesmo conhecimento, pois perdeu seu caráter dinâmico, tornando-se estática. Não é mais uma capacitação de ação eficaz, mas apenas uma informação.

A cartilha não é conhecimento, ela possibilita que um indivíduo aprenda e passe a ter capacitação para agir.

Aquilo que se caracteriza como o conhecimento capaz de criar vantagem competitiva para uma empresa não é bem aquilo que está no manual de operações daquela empresa, mas a maneira como as pessoas que compõe a empresa reagem quando surge alguma situação que não está no dito manual.

Isto não significa que não seja útil ter um manual de operações. Ao contrário, codificar aquilo que se sabe em um manual pode ajudar a reduzir a incerteza. O que não se pode é imaginar que o manual de operações irá eliminar a incerteza e que basta ter um manual para se estar fazendo Gestão do Conhecimento. O principal papel da Gestão do Conhecimento é influenciar, corrigir e aperfeiçoar os processos, políticas e programas da empresa que influenciam, corrigem e aperfeiçoam a criação de seu Conhecimento Organizacional.

Eu prefiro dizer, em linha com a epistemologia que adoto, que o manual de operações traz as informações que possibilitarão aos funcionários criarem conhecimento.

Está claro que determinados arranjos organizacionais precisam focar mais na informação do que no conhecimento de modo a criar certa massa crítica. Por isto, no modelo que proponho há um espaço relevante para as ações focadas no conhecimento explícito que, em linha com o que já foi dito acima, se caracterizam como Gestão da Informação.

Forte abraço

Fernando Goldman

Comment by Sebastiao Mendonça Ferreira on February 10, 2012 at 1:57am

Fernando,

Agora sim, continuemos o nosso diálogo.

Valoro a preocupação por não "coisificar" ao conhecimento, para evitar que o manejo do conhecimento seja uma administração de bases de dados. Valoro também o enfoque de Polanyi, e o entendimento de que o tácito é uma dimensão do conhecimento. Também considero fundamental o entendimento do conhecimento organizacional como resultado de um processo social antes que uma serie de métodos de gestão da informação, muito bem formulado na sua proposta de Teoria da Criação do Conhecimento Organizacional.

Considero que para os profissionais da gestão do conhecimento os temas epistemológicos são importantes, pois estamos interessados em como o conhecimento é gerado, recriado e utilizado numa organização. Quando eu descubri que o conhecimento era o capital mais importante de um profissional, de uma organização e de uma sociedade, em 1996, eu decidi me dedicar profissionalmente ao tema. Entretanto eu não classifico o conhecimento pela sua origem (experiencial, experimental, imaginativo, especulativo, cultural, etc.) senão pela sua utilidad: pensar ou fazer. Aquele conhecimento que serve para pensar, eu chamo propositivo. Ao conhecimento que serve para fazer eu chamo prescriptivo. Essa definição não é minha, é do Joel Mokyr. 

Sobre a dimensão tácita, eu acho que todo conhecimento, ao ser usado tem um componente tácito. O único conhecimento sem componente tácito, é aquele que está escrito num livro, ou num blog, ou que está impregnado numa máquina como um carro ou um telar. Por exemplo: nesta conversa você formulou um conhecimento 100% explícito, no seu blog. O conhecimento explícito tem a forma de informação, ainda que não toda informação pode ser qualificada de conhecimento. Quando eu li o que você escreveu, eu fiz uma interpretação aproximada ou distante da ideia que você queria comunicar, essa interpretação está baseada no conhecimento explícito que você escreveu, combinada com a minha forma tácita de interpretar o que eu leio.  O que eu estou tentando dizer é que a gradiente entre tácito e explícito é adequado em certa medida, mas é uma simplificação. Essa reflexão é importante para entender porque o conhecimento tácito e explícito não se propaga ao interior de uma organização como se esperaria, porque o common knowledge não é tão common como se esperaria. 

Depois continuamos com a nossa conversa sobre a definição de conhecimento. 

Um grande abraço.

Sebastião

Comment by Sebastiao Mendonça Ferreira on February 10, 2012 at 1:04am

Fernando,

Agora sou eu quem pede disculpas. Estive fora e quando cheguei tive que me dedicar a problemas caseiros: um pequeno robo na minha casa e o do meu carro estragou.

Antes de continuar o nosso dialogo, eu sugiro dar uma olhada en http://www.ted.com/talks/arthur_benjamin_does_mathemagic.html. Nao e nada intelectual, e so diversao, mas e muito boa.

Um abraco

Comment by Fernando Luiz Goldman on February 3, 2012 at 12:31pm

Prezados

A amiga Elizete Sá, que a exemplo de muitos outros membros da SBGC ainda não se juntou ao nosso grupo de discussão e está fazendo falta, me enviou um e-mail comentando os slides que disponibilizei no Slideshare (http://www.slideshare.net/Goldman/2012-01-20druidpresentation?from=... ), sobre a apresentação feita na Druid Academy 2012.

Ela identificou um encadeamento bem interessante entre criação do conhecimento, vantagem competitiva e crescimento sustentado.

Eu me arriscaria a ampliar esta conexão inserindo outros elementos como inovação e Aprendizado  Organizacional.

Se nós adotamos a premissa da Teoria da Criação do Conhecimento Organizacional de que a Inovação é ‘a criação dinâmica de Conhecimento Organizacional’, podemos dizer que as empresas inovavam buscando criar vantagens competitivas, propiciadas pelas assimetrias de conhecimento geradas por novas técnicas (produtos e processos), novos padrões organizacionais ou novos desenhos institucionais.

Já o Aprendizado Organizacional, entendido como o processo dinâmico pelo qual uma empresa se adapta, ativa ou reativamente, às mudanças em seu ambiente de negócios é obtido pelas inovações que vai conseguindo produzir.

É, em última análise, o Aprendizado Organizacional que propicia o crescimento sustentado de uma empresa. Como o Aprendizado Organizacional é obtido pelas inovações, as quais são resultados da criação dinâmica de Conhecimento Organizacional, podemos dizer que a criação dinâmica de Conhecimento Organizacional propicia o crescimento sustentado.

Parece só um jogo de palavras, mas por trás deste encadeamento está um enigma que vem desafiando os economistas, os pesquisadores da administração e os teóricos da gestão estratégica corporativa por muito tempo.

Forte abraço

Fernando Goldman     

Comment by Fernando Luiz Goldman on January 29, 2012 at 2:14am

Prezado Sebastião

Inicio pedindo desculpas pela demora, mas estava em viagem e sem condições de lhe responder adequadamente.

Concordo plenamente com você quanto à necessidade de definirmos de forma clara o que entendemos por conhecimento.

Discutir o “conhecimento” sem definir uma epistemologia e uma teoria que sirva como ponto de partida é uma verdadeira loucura. Alguma coisa bem no estilo daquela música antiga, o Samba do Crioulo Doido.

Fui capaz de ver suas apresentações e o artigo que você me enviou, percebendo que a epistemologia usada e a teoria em que eles se baseiam são diferentes das que eu procuro usar.

Por que usar uma epistemologia baseada em Polanyi e a Teoria da Criação do Conhecimento Organizacional (TCCO) como ponto de partida? Por que diferenciar com tanta ênfase o “conhecimento” da “informação”?

Porque esta abordagem ajuda a evitar erros que são frequentes quando se lida com o conhecimento nos arranjos organizacionais, como por exemplo, se acreditar na possibilidade de se fazer “repositórios” de conhecimento.

O conhecimento, na TCCO, é definido por três premissas:

1 – o conhecimento é uma crença justificada em uma verdade ( com ênfase em justificar a crença e não a verdade) ;

2 – o conhecimento é uma capacitação para ação eficaz e tomada de decisões; e

3- o conhecimento de um indivíduo se apresenta ao longo de um continuum entre tácito e explícito.

Não se trata de escolher a única epistemologia correta, mas sim a mais adequada àquilo a que nos propomos a fazer.

Forte abraço

Fernando Goldman

 

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